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Comentário do Dia 17/10, a abstenção eleitoral

17/10/2017 às 14:21

Nosso tema do Comentário de hoje, é sobre proclamada abstenção de votos nas eleições gerais do ano que vem dado a essa grave crise política que estamos vivendo causada por políticos eleitos pelo voto popular e que quebraram o país em benefício próprio, isto é, essa corrupção desenfreada que aparece a cada dia. Essa abstenção está sendo chamada de alienação eleitoral. Essa matéria nós vimos hoje aqui na redação, no site do jornal mineiro o tempo, da jornalista Ana Luiz Faria. Vimos interesse na matéria, por que o que todos estão dizendo é que será muito difícil votar em algum político nas eleições de 2018, pela falta credibilidade, que está provada no dia a dia. Em alguns trechos da matéria diz o seguinte;

Nos últimos anos, a cada eleição no país, mais gente opta por não participar do pleito ou vota em branco ou nulo. Foi o que fizeram 63% dos eleitores nas capitais brasileiras, em um comportamento que é chamado de “alienação eleitoral”. Para políticos e especialistas, a expectativa é que nas eleições de 2018 a participação do eleitor no jogo político seja ainda menor.
O cientista político da UFMG Felipe Nunes atribui esse comportamento à desconexão da população com a política. Ele explica que sempre houve um distanciamento da população com o tema, mas, com os acontecimentos recentes e o volume de notícias negativas, essa relação ficou ainda pior.

“As pessoas estão enfadadas com tanta notícia ruim. Todos esses escândalos envolvendo quase todos os partidos políticos brasileiros, expostos por operações como a Lava Jato, mostrando a relação espúria entre políticos e empresários, piorou a relação que já não era boa”, diz. Nos partidos, porém, políticos preferem colocar a culpa não nos escândalos em si. Em suas análises, eles quase sempre apontam haver uma campanha contra a classe política, o que diminuiria o interesse do cidadão nas eleições.

Outro fator que colabora com a alienação eleitoral, segundo o cientista político Felipe Nunes, é a radicalização. Nesse cenário, ele avalia que campanhas tendem a ser mais violentas, o que gera desconfiança no eleitor em relação às instituições e um desgaste ainda maior com a política. Nunes conta que as campanhas antigamente eram mais propositivas e menos comparativas, mas atualmente acontece o contrário. “Hoje as campanhas são muito negativas, sempre utilizam de discursos para desconstruir o adversário, e isso afasta ainda mais o eleitor”, diz.

Um dos fenômenos consequentes da alienação eleitoral, segundo o cientista político da UFMG Felipe Nunes, será a mudança na forma de fazer campanha política. Atualmente, as campanhas são focadas na comparação entre os candidatos. Quem está na disputa tenta convencer o eleitor expondo suas qualidades, defendendo bandeiras ideológicas e quase sempre atacando o adversário.

Apesar da alta taxa de abstenção, o cientista político Malco Camargos diz que o voto facultativo não é uma boa escolha. Para ele, o que desestimula o eleitor é o distanciamento dos ideais dos partidos.

De qualquer maneira, pelo que estamos vivendo no contato com a população, no dia a dia, será muito difícil o candidato conseguir fazer uma campanha que possa convencer o eleitor no ano que vem. Agora, esse descalabro na política já vem de há muito, mas essa corrupção clara divulgada pela imprensa foi a gota d’água. Vão aparecer candidatos honestos, sabemos disso, mas podem esperar, a maioria serão sempre os mesmos da corrupção.