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José Maria Campos fala sobre a Semana do Trânsito e o voto eleitoral

27/09/2018 às 14:27

Boa tarde. Em Patrocínio são 12 horas e 25 minutos. Estamos iniciando o nosso Comentário do Dia, hoje, nesta quinta-feira, dia 27 de setembro do ano da graça de 2018.

Semana passada foi realizada em Patrocínio, como acontece há muitos anos, a Semana Nacional do Trânsito, que teve um balanço positivo, e que teve também todas as atividades seguidas pelo nosso departamento de jornalismo. O tema deste ano foi “Nós somos o trânsito”, com atividades em toda a cidade. O subsecretário de Segurança Pública, Trânsito e Transportes, Major Divaldo Nestor, avaliou as ações como positivas e destacou a participação dos parceiros, que, segundo ele, foram imprescindíveis na última semana. Neste ano, participaram da Semana Nacional do Trânsito: a Secretaria Municipal de Cultura, a Secretaria Municipal de Educação, a Superintendência Regional de Ensino, o UNICERP, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, as ACIP/CDL, o Lions Club Lilia Brandão e Leo Club Jessêe Fernandes, o Rotary e Casa da Amizade Brumado dos Pavões, o Rotary e Casa da Amizade de Patrocínio, o Rotaract Clube Patrocínio Novas Gerações, o Conselho Comunitário de Segurança Pública de Patrocínio (CCSPP) e a VLI. Valeu o trabalho de todos na Semana do Trânsito que foi acima de tudo pedagógica.

Vimos hoje pela manhã, uma matéria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que durante esse período de campanha eleitoral está publicando orientações aos eleitores na conformidade com a legislação eleitoral. E uma pergunta que nós temos sempre ouvido de muitas pessoas é a seguinte; Votos nulos e brancos anulam uma eleição? Insatisfação com a política, protesto, erro. Ainda que a maioria deixe de votar, saiba que isso não muda o resultado. Se a maioria votar nulo, a eleição é invalidada e uma nova é convocada? O voto branco ajuda quem está ganhando? Não e não. Ainda que 99% da população anulasse o voto ou votasse em branco, o 1% definiria o resultado. Contudo, correntes na internet dizendo o contrário costumam circular em períodos eleitorais e ganham ainda mais peso nas redes sociais. Mas apostar nelas sem conhecer o que de fato acontece seria como cair num mito eleitoral. A verdade é que o resultado de uma eleição depende apenas dos chamados votos válidos, dos quais são excluídos os votos brancos e os nulos. Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é como se eles não existissem.

Assim, uma coisa é votar nulo ou branco para exercer o direito à liberdade de escolher ou não algum candidato, ou como forma de protesto; outra é achar que isso tem o poder de anular a eleição ou de provocar reviravoltas no resultado, o que não ocorre. Em todos os cargos disputados agora em outubro, a vitória estará sempre centrada nos votos válidos, desprezando-se os demais. Até lá, conhecer o significado de expressões tão comuns nessas ocasiões pode ajudar a desfazer enganos, assim como saber o que de fato pode vir a anular uma votação.

Abstenção é um termo usado para definir a não participação do eleitor no ato de votar. O índice de abstenção eleitoral corresponde ao percentual de eleitores que, tendo direito a votar, não se apresentam às urnas. É, portanto, diferente dos casos em que o eleitor, apresentando-se, vota em branco ou anula o voto. A abstenção também não interfere no resultado da eleição, mas como o voto no Brasil é obrigatório, nesse caso, o eleitor tem que justificar sua ausência.

Voto nulo ocorre quando o eleitor digita e confirma na urna eletrônica um número que não corresponda a nenhum candidato ou partido político. A anulação do voto pode ocorrer por vontade do eleitor ou porque este cometeu um erro de digitação.

Voto branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos, comparecendo à urna eletrônica e nela registrando a opção “branco” e em seguida a tecla “confirma”. Uma curiosidade: antes da Constituição Federal de 1988 e da Lei das Eleições, o voto em branco era considerado válido e era contabilizado para o candidato vencedor. Era, assim, tido como um voto de conformismo. Esse passado recente pode explicar porque muitos ainda acham que votar em branco ajuda quem está ganhando. Não ajuda mais não.

Encerramos aqui o nosso Comentário do Dia, ainda nesse horário, até o dia 4 de outubro, e aí estaremos de volta às 12 horas, como tradicionalmente há muitos anos. Vem aí o Jornal da Itatiaia. Um abraço a todos e até amanhã, se Deus quiser.

José Maria Campos/Difusora 95