A Rádio

difusora003História do Rádio no Brasil, história da Rádio Difusora no Alto Paranaíba

Ano de 1922, 422 anos após o descobrimento do Brasil, comunicar era preciso.

Comunicar de maneira mais efetiva, atingindo o maior número de pessoas no menor espaço de tempo possível. A primeira estação de Rádio no Brasil foi oficialmente inaugurada em 7 de Setembro de 1922. Com um transmissor de 500 watts, da Westinghouse, no alto do Corcovado – RJ, para 80 receptores. O primeiro programa foi o discurso do Presidente Epitácio Pessoa. A Instalação de fato aconteceu aos 20 de Abril de 1923 com Roquete Pinto e Henry Morize com a “Rádio Sociedade do Rio de Janeiro”.

Como os receptores eram caros e importados, sua programação era para a elite, não para a massa: com ópera, recitais de poesia, concertos, palestras culturais, tinha finalidade cultural, educativa e altruísta. As mensalidades eram pagas para quem tinha os receptores através de doações. Os anúncios pagos eram proibidos.

Era comercial

Começa na década de 30 as transformações.

  • Decreto n. 21.111 de 01/03/32 autorizava 10% da programação ter comerciais.
  • O erudito se torna popular e começa a contratar artistas e produtores.
  • A competição de trouxe desenvolvimento técnico, status da emissora (ibope) e popularidade do veículo.

Época de “Ouro do Rádio”

“O impacto do rádio sobre a sociedade brasileira nesta época, foi muito mais profundo do que aquele que a televisão viria a produzir 30 anos depois.” A era do Rádio, Orlando Miranda.

Nos anos 40 acontece a “época de ouro do Rádio”

Programação era mais popular,e o rádio ganhava mais audiência, e surge o Ibope dia 13 de Maio 1942. Neste mesmo ano, estreava a primeira rádio novela: “Em busca da felicidade”. Dava inicio também as primeiras transmissões de esportes e rádio jornalismo.
O contexto da primeira guerra mundial e a copa do mundo marcou esta época do Rádio.

Chega a TV e o rádio muda

Os artistas do Rádio vão para a TV e os programas de humor são trocados por música, as novelas e programas de auditório por serviços de utilidade pública e assim buscava-se a segmentação.

Nesta época, chega um poderoso impulso: o Transistor, em 23/12/47. Comunicação mais ágil, ao vivo da rua, e receptores sem tomadas.
As FMs aparecem na década de 60, com muito mais músicas.

O Rádio em Patrocínio

A história do Rádio em Patrocínio se mistura com a palavra pioneirismo a Rádio Difusora desbravadora das comunicações em massa na cidade.

A etmologia do nome Difusora

A palavra Difusora deriva de “Difusor”, um aparelho próprio para difundir ondas sonoras, luminosas, eletromagnéticas e tem objetivos de “Difundir”, espalhar, emitir e propagar, boas novas, sendo a voz da população. Assim, se faz elo de ligação entre autores e receptores, mas acima de tudo, diminui a distância e é de fato, ponte de inclusão entre classes sociais, religiões, política e integra homem do campo e cidade diminuindo as distância da geografia, fazendo da voz, a vez de todos sem distinção.

No ano de 1946, comunicar era mais preciso ainda. A Rádio Nacional do Rio de Janeiro era a maior emissora do país. O Rio de Janeiro, então a capital federal, sediava o Ministério das Comunicações sob o governo de Getúlio Vargas. O interior também precisava fazer da comunicação, mecanismo de integração para diminuir as distâncias.
Situada no Alto Paranaíba no coração do Cerrado Brasileiro, que é a segunda maior biodiversidade do Brasil, só perdendo para a Floresta Amazônica, Patrocínio abriria a fronteira da comunicação.

E foi do Rio de Janeiro que veio a aprovação para o funcionamento da ZYW-8, RÁDIO DIFUSORA DE PATROCÍNIO.

Enquanto a rádio não vinha, o Patrocinense curtia o famoso “Tabajara”, montado por Zico Mansur numa altíssima torre de madeira que mais se parecia com poço de petróleo na Praça Santa Luzia.

Após três anos de espera, no dia 05 de novembro de 1949, no antigo prédio do tradicional Bar Rex, entrava no ar, a ZYW–8, Rádio Difusora de Patrocínio, com 100 Watts de potência, na freqüência de 590 Khz.

Os primeiros locutores e técnicos de som da Difusora foram os mesmos do antigo Tabajara: Humberto Cortes, José Fagundes, Lourival de Oliveira e Oliveira Jr, o “Deca”.

A DIFUSORA formou um “cast” de rádio-teatro e os artistas eram também de Patrocínio como José Luiz da Silva Jr, Blair Augusto Damasceno, José Jacinto Campos, Jordão Silva, Marta Eloi e Daniel Caldeira.
Em 1955 a Rádio Difusora foi vendida para o Sr. Waldomiro Cardoso (Bilo), que rapidamente a repassou para o Sr. Pedro Alves do Nascimento. As primeiras iniciativas do novo proprietário foram aumentar a potência de 100 para 250 Watts e transferir a emissora para o segundo pavimento do Edifício do Rosário (prédio do antigo cinema), Praça Honorato Borges, nº 787.

Nas comemorações de aniversários vieram artistas famosos nacionais e internacionais como Francisco Canaro e Orquestra, Orquestra Casino de Sevilla com seu famoso cantor José Maria Madrí, Luiz Gonzaga, Francisco Carlos, Jorge Goulart, Nora Ney, Marlene e Adelaide Chioso, Emilinha Borba, Nelson Gonçalves e outros.

No esporte, a primeira transmissão foi levada ao ar por Cristóvão Botelho Jr., no Estádio “Quincas Borges”(no largo da Igreja São Francisco) entre o extinto Ipiranga e o Fabrício de Uberaba. De lá pra cá, vários narradores marcaram época: Paulo Constantino, Sérgio Aníbal, Joaquim Assis Filho, Leonardo Caldeira, Luiz Antônio Costa e Luiz Oliveira, entre muitos outros.

A Rádio Difusora tem como marca registrada a comunicação alegre e a informação jornalística. No começo eram os programas de auditório, com destaque para o “Clube dos Milionários”, que apresentava cantores da região e calouros. Foram os seus apresentadores Waldemar Santiago, Antônio Augusto Machado, Sérgio Aníbal e Petrônio de Ávila. Uma “Roda de Violeiros” animava as noites de domingo, tendo como apresentadores Oliveira Junior, Humberto Cortes, Assis Filho, Leonardo Caldeira, Satiro Cunha, José Maria Campos e os irmãos Delfino e Gasparzinho.

Muitos valores foram revelados e vários fazem parte de nosso dia-a-dia. A Rádio Difusora exportou locutores que fizeram nome regional e estadual. Antônio Augusto, grande sucesso em Belo Horizonte nos anos 60, apresentador da Rádio Guarani, TV Itacolomi e Rádio Inconfidência. Petrônio de Ávila, na Rádio Independência de Rio Preto (São Paulo) e Rádio Voz do Oeste de Cuiabá, foi também assessor de imprensa do Governo Estadual. Leonardo Caldeira, que trabalhou num grande número de emissoras como Inconfidência de Belo Horizonte e Continental do Rio de Janeiro. Satiro Cunha que brilhou em Brasília, na Rede Brasil Sul de Comunicações com um programa de grande audiência, “De volta ao passado”. Sérgio Aníbal, que brilhou aqui em Patrocínio e Uberlândia, Jorge Antônio e José Maria Campos que mostraram competência em várias emissoras de nossa região.

A fibra de uma mulher

A partir dos anos 70 entra na administração, Terezinha Inês Resende Alves, esposa de Pedro Alves que aumenta a potência da emissora para 1000 Watts e muda a sede para o atual endereço no bairro Marciano Brandão. Surge uma nova safra de comunicadores que fizeram nome e história na DIFUSORA.

Maria Helena Borges, Irany Alves, Berto Filho, Araújo Filho, Luiz Cabral, Roberto Taylor entre outros. Daquela safra dos anos 70 e ainda em atividade na emissora: José Carlos Dias, grande repórter esportivo, hoje comentarista e Diretor comercial da emissora. É sua a idéia do tradicional “stand” da Difusora durante a festa da cidade. Como também foi dele a autoria do “Troféu Polivalente” que premia os melhores do esporte no final de cada ano e a “Comenda Pedro Alves do Nascimento” que premia e os cidadãos de destaque da sociedade patrocinense. Carlinhos Bill, “a voz” apresenta o popularíssimo “Show da manhã”, José Maria Campos, exímio comentarista esportivo, é titular do “Comentário do Dia” e Gaspar Cândido atua com seu programa de grande apelo popular.

Dos anos 80 até hoje

Na década de 80, os irmãos Marcus Vinicius Resende Alves e Márcio Luiz Resende Alves, como novos administradores, são responsáveis por mais uma salto da emissora ao aumentarem para 5000 watts e colocarem no ar a 98 FM. Compram unidades móveis, investem em novos equipamentos e numa central técnica para transmissões externas.

Aparecem grandes nomes da 98 FM: Kátia Beatriz, Fábio Parreira, Edinho DJ, Carlinhos Bill, Carlos Roberto, Baby Borges, Renato Correa entre outros. Na Difusora AM surgem nomes como Paulo Roberto, um dos maiores nomes na cobertura diária do Clube Atlético Patrocinense e ainda hoje grande nome na reportagem esportiva. Alberto Sanarelli, o maior nome do chamado “radio jornalismo” de rua da emissora. Luiz Oliveira, revelado na Rádio Capital e hoje locutor esportivo, Diretor de esportes e editor do “Parada dos Esportes”. Renato Oliveira, um plantão esportivo e policial que não deixa passar nada. Jota Santos tem uma grande audiência com o programa “Recordações Sertanejas”, que toda noite mata a saudade dos fãs da música sertaneja de raiz.

Em rede

A era da rede. Nos anos 90 a Difusora mostra visão de futuro. A direção resolve afiliar-se à Rede Itatiaia de Rádio. Hoje, o “Jornal da Itatiaia” é um dos destaques da programação. A cobertura esportiva tem na equipe própria e na rede, tudo que o ouvinte precisa para ficar bem informado. O jornalismo é dinâmico e não mede esforços para trazer o dia a dia ao rádio com a notícia local sendo a base que sustenta a programação. O ouvinte participa ativamente. É o rádio interativo.

Sem dúvida, o grande nome na história dos comunicadores da Rádio Difusora foi Humberto Cortes. Desde o primeiro dia de funcionamento ele esteve no ar. Ex-gerente da emissora, só deu bons exemplos. Um dos mais queridos radialistas da região, um dos únicos pioneiros da história radiofonia. Mesmo antes da fundação da Rádio Difusora de Patrocínio, Humberto Cortes já era locutor . Nos anos 40 era locutor do “Parque Teatro Japí”, criou o programa “Parabéns à você” que era o maior faturamento da rádio numa época de anunciantes parcos e em que a oferta musical era cobrada. Esse nome nos deixa saudades, seja onde estiver querido Humberto Cortes estaremos rezando por você, que Deus conceda um bom descanso, você mereceu …

A era Pedro Alves do Nascimento

Desde que adquiriu a Difusora, Sr. Pedro Alves do Nascimento sempre procurou melhorar seu empreendimento. Promoções foram realizadas com sucesso dos anos 50 até o final da década de 70. Côrtes passou a gerência da emissora para D. Terezinha e filhos. Daí para cá, uma equipe foi sendo formada e os investimentos sempre foram o ponto alto dos novos administradores. O prefixo fora mudado de ZYW-8 para ZYF-207 e no prédio novo, novos estúdios e o aumento da potência sempre foram as propostas da família. Os 1000 Watts era o bastante para a época. Em 85, surge a bem vinda FM. Sucesso absoluto. As duas emissoras passaram por várias reestruturações. Hoje sem dúvida, a Rádio Difusora de Patrocínio está entre as primeiras de Minas e espelho para o Brasil.

É um complexo radiofônico perfeito e como um sonho, tem realizado transmissões de qualquer ponto do país e até do exterior. Seu ex-diretor proprietário Pedro Alves do Nascimento teve a oportunidade de ver com seus próprios olhos, o vertiginoso progresso de sua emissora. “Patrocínio para cima e para o alto”, era seu slogan; fato real, hoje em dia.

Quem faz a Difusora hoje

Difusora AM e a 98 FM, hoje Difusora FM, e a mais nova emissora do sistema, Monte FM de Monte Carmelo, que já é líder disparada no segmento, são as emissoras que compõem o SISTEMA DIFUSORA DE RÁDIO. Seu sistema organizacional é simples e eficiente. Seguindo o lema “Prá frente e para o alto”, Marcus Vinícius Rezende Alves administra financeiramente a empresa e Márcio Luiz Rezende Alves gerencia o sistema operacional. Cada vez mais preocupada e antenada com o futuro, a dupla dá outro grande passo ao disponibilizar as informações e o som do Sistema Difusora de Rádio na rede mundial de computadores.

O Departamento Comercial é dirigido por José Carlos Dias, o Departamento de Jornalismo é coordenada por José Antônio e o Departamento de Esportes por Luiz Oliveira. A direção artística fica por conta de Carlinhos Bill.

O Crescimento que conduz ao a um novo salto

Hoje, seguindo a velha tradição e alicerçado num passado de glória a empresa vive um dos maiores saltos de sua história. O grupo Difusora que recentemente inaugurou mais uma emissora,a Monte FM em Monte Carmelo, emissora esta que já referência em toda a região,prepara uma nova etapa para as emissoras Difusora AM e Difusora FM.

Nesta etapa se compreende uma moderna reforma e ampliação do complexo que fica na avenida Padre Mathias, os novos investimentos vão oferecer um prédio moderno para comportar com mais espaço o elenco de profissionais que cresce a cada dia, para atender a demanda que acompanha o mesmo ritmo. A nova Difusora terá espaço amplo e arquitetura moderna desenvolvidos por engenheiros e arquitetos renomados no país, se caracterizando como uma dos complexos de rádio mais modernos da América Latina.

Novos transmissores e equipamentos de alta tecnologia, fazem da empresa uma das mais modernas do interior de Minas, oferecendo a seus ouvintes qualidade de som digital que possibilitam o retorno ainda maior a seus clientes e patrocinadores.

Na era da informática, um novo portal de comunicação entra no ar , através do site da empresa. Nele, fortes investimentos também foram feitos no objetivo de diversificar a linha de comunicação, valorizar o meteórico crescimento da internet, e fazer deste portal, uma linha direta com internautas e anunciantes, utilizando aquilo que de mais importante o grupo Difusora possui; o ser humano, que faz com que todas estas engrenagens tecnológicas funcionem dentro da mais perfeita sintonia.

Portando sintonize-se e seja bem vindo ao maior grupo de comunicação do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.