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Foto: Reprodução/Ilustrativa

Ambulante denuncia extorsão durante festa em Patrocínio

12/04/2025 às 18:58

Uma mulher de 29 anos procurou a Polícia Militar na madrugada deste sábado), durante a festa Fenacafé 2025, em Patrocínio, após relatar ter sido vítima de extorsão por parte de seguranças que atuavam no evento.

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher vendia caipirinhas de forma clandestina dentro do Parque de Exposições quando foi abordada por quatro seguranças. Ela contou que mais cedo já havia tido parte de sua mercadoria recolhida pela equipe do evento. Posteriormente, enquanto ainda realizava as vendas, os seguranças a cercaram e informaram que ela não poderia continuar com a atividade.

Ao ser abordada, ela jogou as bebidas no chão. Um dos seguranças retirou a maquininha de cartão do bolso traseiro da vítima. Os profissionais afirmaram que ela deveria acompanhá-los até a Arena Cerrado, local apontado como sede da empresa detentora da exclusividade de vendas na festa.

No trajeto, ainda segundo a mulher, um dos seguranças a separou do grupo e a levou para um local escuro, próximo aos banheiros. Ele teria dito que ela poderia ser presa e que, caso a levasse até a diretoria, todo o dinheiro seria confiscado. Em seguida, perguntou quanto ela tinha consigo. A vítima contou que possuía R$ 800, e o homem teria proposto dividir o valor. Com medo, ela entregou R$ 400 a ele. Após o ocorrido, um dos seguranças devolveu a maquininha de cartão, e a mulher acionou a PM.

Durante diligências, os militares encontraram os quatro seguranças mencionados. Um deles negou ter recebido qualquer quantia, mas alegou que recolheu dinheiro e uma máquina de cartão de um vendedor ambulante e repassou a uma representante da organização da festa. A mulher apresentou aos policiais R$ 426, uma máquina azul e branca e extratos de vendas, mas a vítima afirmou que esses materiais não lhe pertenciam.

Outros seguranças confirmaram que o colega ficou sozinho com a ambulante e mencionaram ter ouvido frases como “metade, metade”. Um dos envolvidos relatou que, ao presenciar a conversa entre os dois, ouviu a proposta de divisão do valor obtido com as vendas ilegais para evitar que a mulher fosse apresentada à polícia.

O caso foi registrado como extorsão consumada e será investigado pela Polícia Civil.

Com informações da Polícia Militar