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Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Apesar da baixa nos casos de COVID-19 em Patrocínio, médico alerta: “o vírus ainda circula”

08/07/2021 às 16:18

Através da Secretaria Municipal de Saúde, Patrocínio vem realizando de forma organizada a vacinação da população do município contra a COVID-19. E o Boletim Epidemiológico, divulgado diariamente, pela Prefeitura Municipal, tem mostrado uma queda nos número de casos positivos na cidade.

“Patrocínio vive, hoje, uma das maiores quedas nos números de infectados desde o início da pandemia. Isso a gente consegue observar tanto nos números de casos ativos, quanto na taxa de ocupação de enfermarias e na taxa de ocupação de leitos de UTI. Isso mostra um reflexo direto da vacinação, mostrando que de fato a vacina é eficaz. Mas a gente pode ter novamente um aumento no número casos? Sim. Apesar de a gente ter uma baixa, o vírus ainda circula”, afirmou o médico Doutor Cristian Garcia, gestor do comitê de enfrentamento à COVID-19 do Hospital Santa Casa de Patrocínio.

O fator que é positivo, também pode ser perigoso, pois gera um certo afrouxamento por parte da população em relação aos cuidados de prevenção ao contágio do coronavírus, principalmente entre aqueles que já se vacinaram com a 1ª ou ambas as doses. “Isso é um problema. Porque a gente sabe que as vacinas, elas não são 100% eficazes. Nenhuma delas”, disse Cristian.

O médico lembrou que mesmo as pessoas que tomaram os imunizantes ainda podem se infectar e transmitir o vírus. “As pessoas vacinadas elas podem sim contrair a doença. Na sua grande maioria vão apresentar casos leves ou moderados, mas não impede de uma porcentagem pequena dessas pessoas evoluírem para um caso grave e infelizmente evoluírem mal, chegando inclusive à óbito”, explicou o médico.

Em uma analogia falando sobre “queda”, o médico explicou. “Aquele paciente que não está vacinado é como se ele estivesse caindo de 4 metros de altura. Quando você tem uma queda de 4 metros de altura, você pode machucar, ter apenas algumas escoriações leves, você pode bater a cabeça e ir a óbito, como você pode cair e não acontecer nada, levantar e vida que segue. Aquelas pessoas que vacinaram com uma vacina, que por exemplo, tem 50% de eficácia, seria como se essas pessoas caíssem de uma altura de 2 metros. A chance de você cair de uma altura de 2 metros e ter algum dano mais grave existe? Sim. Mas comparado àquela pessoa que caiu de 4 metros, as chances são muito menores. E assim por diante. Quando você toma uma vacina que tem 95% de eficácia, é como se você tomasse um tombo de 20cm. Eu posso machucar? Posso. A chance de eu machucar é muito pequena, mas ainda assim existe, eu posso cair de mal jeito, eu posso bater a cabeça, mesmo sendo de uma altura muito pequena.”

O médico ainda deixou claro que é necessário continuar tomando as medidas de proteção e a higienização frequente das mãos. “Não é o momento de a gente baixar a guarda. Inclusive as pessoas que ainda se mostram um pouco resistentes ao uso de máscara, ao isolamento social, a gente tem que lembrar que são medidas que são eficazes contra qualquer tipo de variante. E a gente tem plena certeza disso, que são das medidas mais efetivas que a gente tem até o momento”, alertou.

 

Texto: Thais Busqueiro/Grupo Difusora

Reportagem: Nilton César/Difusora 95

Erasmo Cláudio/Difusora 95