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Campanha de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla: entenda a doença

02/09/2021 às 10:17

No mês de agosto, foi celebrada a Campanha de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. Para falar sobre a doença, a reportagem da Difusora 95 FM, conversou com o Neurocirurgião, que atende em Patrocínio, Dr. Thiago Lima.

A Esclerose Múltipla é uma doença inflamatória que atinge o sistema nervoso central, isto é, o cérebro e a medula. Na doença, o próprio sistema de defesa e os anticorpos do organismo atacam a membrana protetora do cérebro e da medula, que é a chamada Barreira de Mielina. Com isso, as barreiras neurais são danificadas e prejudicam a condução dos impulsos nervosos.

“Essa doença não se sabe muito bem a causa, mas sabe-se que tem alguns fatores genéticos. A gente sabe que em famílias com a doença Esclerose Múltipla a gente tem um risco até 30 vezes maior de ter a doença do que na população em geral”, explicou Thiago.

Segundo o neurocirurgião, os primeiro sintomas podem surgir com alterações da sensibilidade, como formigamentos, também pode haver alterações da visão, como borramento e dificuldade de enxergar, interrupção da condução motora, ou seja, fraquezas ou paralisia de membros, alterações no controle esfincteriano, isto é, controle da urina e até mesmo alterações comportamentais.

“É uma doença crônica, que vem em surtos, em períodos de piora e melhora, e que deve ser diagnosticada de forma precoce para iniciar o tratamento. O diagnóstico é feito através de uma consulta com um neurologista, em que é feito, além da história clínica, exames como análise do líquido cefalorraquidiano, através de uma pulsão lombar, ressonância também, que mostra algumas imagens, em que mostra algumas machinhas na medula e no cérebro. Tendo os critérios, faz-se o diagnóstico da doença e começa o tratamento”, afirmou Thiago.

O tratamento da Esclerose Múltipla pode ser feito apenas nos surtos ou, em casos mais severos, através de medicações modificadoras de doença, de uso contínuo. “Isso vai ser avaliado pelo neurologista assistente”, explicou Lima.

Segundo o médico, hoje é possível conviver com a doença. “É muito importante sabermos que essa doença existe. É uma doença crônica que tem controle. A pessoa consegue ter uma boa qualidade de vida, tratando os sintomas”, finalizou.

Texto: Thais Busqueiro/Grupo Difusora

Reportagem: Erasmo Cláudio/Difusora 95