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Foto: Marcelo Houston

Com credenciamento ao SUS, Hospital do Câncer receberá R$2,7 milhões

26/08/2021 às 12:07

Na manhã desta quinta-feira, 26, autoridades da saúde de Patrocínio se reuniram no Hospital Santa Casa para falar sobre o credenciamento do Hospital do Câncer Dr. José Figueiredo ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A coletiva de imprensa contou com a participação do superindentende e do provedor do Hospital Santa Casa, Augusto César Guimarães e José Carlos Dias, do secretário municipal de saúde de Patrocínio, Luis Eduardo Salomão, do presidente e da superintendente do Hospital do Câncer, Thiago Miranda e Andreia Ribeiro.

“Hoje é um dia festivo, é um dia de comemorar […] e dizer com alegria para Patrocínio e para toda a nossa microregião que o nosso Hospital do Câncer com sua habilitação se tornou uma grande realidade”, afirmou José Carlos Dias, provedor do Hospital Santa Casa.

A oficialização do credenciamento dos serviços oncológicos ocorreu na segunda-feira, 23, quando foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria GM/MS Nº 2.070, de 20 de agosto de 2021.  “Agora com o credenciamento do SUS, nós vamos receber pelos serviços prestados tanto da quimioterapia, da cirurgia oncológica, da UTI, do Pronto Antendimento, das internações em geral. Todo esse serviço oncológico era feito pelo Hospital do Câncer num volume restrito, devido a essa questão de não ter financiamento. Agora, a Santa Casa de Patrocínio conjuntamente do Hospital do Câncer vai levar à população um serviço quase que quintuplicado para poder atender as demandas da nossa região”, afirmou Augusto César, superintendente da Santa Casa.

Há mais de 10 anos, o Hospital do Câncer Dr. José Figueiredo já oferece tratamentos de quimioterapia e cirurgias, realizadas pela Santa Casa, para câncer de mama, de próstata, gastroinstestinal, ginecológicos e de pele. Todos os serviços eram custeados a partir de doações da população e de outras entidades. Agora, a instituição poderá faturar e receber do SUS, todo o serviço que já era disponibilizado.

Divido em 12 meses, o SUS vai encaminhar R$2,7 milhões ao Hospital do Câncer Dr. José Figueiredo, valor que deve cobrir cerca de 30% dos gastos da instituição. “Nós ainda vamos precisar muito da ajuda de toda a população, das parcerias, das festas e eventos que são realizados. Porque nós vamos conseguir receber uma parte do dinheiro do SUS, mas o dinheiro que vai chegar nós ainda teremos que complementar para a gente continuar e poder oferecer um tratamento de excelência para todos que precisam”, explicou Andreia Ribeiro, superintendente do Hospital do Câncer.

Segundo Augusto César Guimarães, superintendente da Santa Casa, as doações ajudarão a manter um capital de giro positivo, uma vez que o período para a instituição receber pelos serviços prestados é de cerca de 90 dias após a finalização do tratamento. “Esse trâmite financeiro é longo e complicado […] Nós atendemos o paciente, realizamos o serviço de assistência à saúde. Após a alta do paciente nós fechamos essa conta, que chamamos de faturamento. Encaminhamos esse faturamento para a Secretaria Municipal de Saúde de Patrocínio, que revisa se nós fizemos o faturamento dentro do que preconiza a legislação e encaminha isso para o Ministério da Saúde, que verifica novamente. Estando tudo certo, o Ministério da Saúde, através do Fundo Nacional de Saúde, transfere o recurso financeiro para o Fundo Municipal de Saúde, para aí a Secretaria Municipal de Saúde repassar esse montante financeiro para a Santa Casa”, explicou.

A habilitação ao credenciamento ao SUS também poderá aumentar os tipos de serviços prestados pelo Hospital do Câncer de Patrocínio, que atende cerca de 200 mil pessoas em toda a região. A partir do credenciamento, a instituição hospitalar foi habilitada na categoria 1 de UNACOM (Unidade de Alta Complexidade em Oncologia). “Na medida que o serviço for aumentando, aí a gente habilita Unacom com Radioterapia, Unacom com Hematologia, Unacom com Pediatria. Na medida, realmente, que for crescendo, que a demanda for surgindo, nós iremos, sim, aumentar a habilitação de procedimentos”, explicou Andreia Ribeiro.

Texto: Thais Busqueiro/Grupo Difusora

Informações: Coletiva de Imprensa