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De acordo com levantamentos, não há previsão de redução no preço do diesel

01/08/2022 às 18:58

Os levantamentos semanais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que os postos de combustíveis têm reduzido paulatinamente os preços de gasolina e etanol há mais de um mês. A exceção é o diesel, que permanece quase estável.

A redução do produto desde a semana de 25 de junho foi de apenas 1,9%, o que significa R$ 0,15 o litro em termos nominais. O diesel passou de R$ 7,57 para R$ 7,42 nesse intervalo.

Enquanto isso, a gasolina passou de R$ 7,39 para R$ 5,74, um corte de 22,3%. O etanol enfileira quedas há 13 semanas e foi de R$ 5,53 a R$ 4,21 o litro, também um recuo de 23,8%.

E mais uma surpresa confundiu o consumidor: a Petrobras anunciou duas reduções do preço da gasolina para as refinarias neste mês. Nas duas ocasiões, o diesel ficou de fora dos reajustes.

Especialistas explicam que o diesel tem particularidades em relação aos demais e que impedem uma redução de preços — tanto no país como fora. São fatores que vão do hábito de consumo do combustível às complicações de abastecimento por conta da guerra na Ucrânia.

Inicialmente, o consumidor esperava algum alívio dos preços do diesel no país conforme os valores de mercado gerassem menos pressão na política de preços da Petrobras.

O preço de paridade de importação (PPI) da estatal é a base dos preços da gasolina e diesel nas refinarias. O PPI é orientado pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

Mas há o valor do próprio diesel no mercado internacional e que subiu quase 55% desde a invasão russa à Ucrânia, no fim de fevereiro. A gasolina também explodiu de preço, mas voltou a patamares mais próximos ao período anterior ao conflito, com alta de 9%. Os dados são do site Oil Price.

O fenômeno se dá porque houve uma escassez de diesel no mercado internacional com o acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia.

No episódio mais recente, os russos limitaram ainda mais o fornecimento de gás natural para a Europa, por meio do gasoduto Nord Stream. O gás natural é uma importante fonte de energia para casas e para indústrias europeias e cerca de 40% do gás consumido na União Europeia vem da Rússia.

Na sexta-feira (29), a própria Petrobras indicou que são altas as chances de o preço do diesel seguir elevado por causa de um “descasamento” entre oferta e demanda.

Pelo lado da demanda, a tendência é de um aumento da procura pelo combustível nos próximos meses por conta do inverno no hemisfério norte. Já no Brasil, a busca pelo diesel também deve ser maior com o escoamento da safra de grãos, feito majoritariamente por transporte rodoviário.

Já pela oferta, a Petrobras espera efeitos da temporada de furacão nos Estados Unidos, o que pode comprometer a produção e incentivar aumentos de estoque de diesel. Mas especialistas também colocam na conta uma possível extensão nos cortes no fornecimento de energia pela Rússia em momento decisivo.

Aqui em Patrocínio através de pesquisa feita pelo Procon Municipal os Postos de Combustíveis, o etanol mais barato  foi encontrado no valor de R$ 4,19 a gasolina comum R$ 5,59 a gasolina aditivada R$5,59 e o diesel comum mais barato R$ 7,48 e o diesel S-10 R$ 7,53, estes por exemplo não tiveram redução no decorrer dos últimos meses

Fonte: G1
Reportagem: Filipe Rodrigues / Difusora 95