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Diretor Sindical dos Correios em Patrocínio fala sobre a situação da greve na cidade
22/08/2020 às 11:05
Em torno de 100 mil funcionários dos Correios de todo o país decidiram entrar em greve no último dia 17 de agosto.
De acordo com a federação nacional dos trabalhadores da empresa, a paralisação é uma resposta à retirada de direitos dos funcionários e à tentativa de privatização dos correios. Eles também pedem melhores condições de trabalho e segurança durante a pandemia da Covid-19.
O agente dos Correios na função de carteiro e diretor sindical eleito dos Correios de Patrocínio, Mozart Soares da Silva, destacou em entrevista à Reportagem da Difusora 95, que essa paralisação é sem precedentes.
“Nunca no Brasil tantos funcionários pararam, em Patrocínio não tem histórico de paralisação e aqui nós estamos com cinco e previsão de mais adesão, o motivo é para que não retirem nossos direitos conquistados em décadas de luta”, afirmou Mozart.
De acordo com o agente, o atual presidente dos Correios quer retirar todos os direitos conquistados, reduzindo o funcionário concursado do correio à CLT básica, sem direito nenhum.
As mudanças preveem a retirada do vale-alimentação do sábado e domingo, além do período de férias e doença dos funcionários. O agente destacou ainda um aumento significativo no custo do plano de saúde.
“Na última sexta-feira (14) foi lançado um contra-cheque prévio informando alguns cortes, por exemplo quem está saindo de férias agora, já não vai receber o vale-alimentação”, ressaltou Mozart.
Segundo informações do diretor sindical, os sindicatos e as federações estão em constante contato com a direção da empresa, no entanto ela se nega a negociar. A greve deve perdurar por tempo indeterminado, até que haja um acordo entre as partes.
“Nós entendemos que esse é o momento crucial dessa luta para mantermos os nossos direitos, ninguém está querendo ganhar nada, a gente só não quer perder”, concluiu Mozart.
Texto: Cristiane Andrade/ Grupo Difusora
Reportagem: Nilton César/ Difusora 95
