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Luiz Oliveira: Ecos da desumanidade que ceifa vidas

14/11/2016 às 13:20

Limb and spirit seem to have been numb, and gradually can not tell the difference between the day and replica watches another day. Look around, the vast crowd, the crowd. Who can be smarter than who, and who can be happier than who? Perhaps just as the song sings, the ordinary is the only answer. Deep down, however, there is always some reluctance. This little unwilling to support themselves, every day to learn some new knowledge, half an hour to practice English, and then do some simple exercise . When I first buying cartier replica watches, I found then my life has some change.

Escrevo este artigo, um dia  após retornar de uma viagem a trabalho da cidade de Itabira, querida Itabira de Carlos Drummond de Andrade. E chamo a atenção para o  texto abaixo, exibido pelo jornal O Estado de São Paulo do dia 07 de novembro.

Um estudo feito pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que ministros do governo Temer, no período de 12 de maio à 31 de outubro, utilizaram aviões da Força Aérea Brasileira 238 vezes sem justificativas plausíveis para deslocamentos. Na maioria dos casos, as viagens eram feitas para os locais onde os ministros residem.

Você vai perguntar: o que tem haver uma coisa com a outra? Vou explicar!

No último sábado, dia 12 de novembro juntamente com companheiros da equipe de Esportes da Rádio Difusora, nos deslocamos para Itabira para cobrir o jogo do CAP com Valério pelo  campeonato mineiro da terceira divisão.

Nossa viagem um caos. Deus livre qualquer filho dele de passar pela BR 381, que liga Belo Horizonte ao Vale do Rio Doce.

Deus nos livre  das nossas estradas. E faço deste pedido um alerta a todos que vão pegar estrada sentido BH e  BR 381; tomem muito cuidado.

Parte da MG 262 já está  privatizada e para ir  à capital mineira,  são  oito pedágios. Ou seja o governo atestou sua incompetência para gerir a rodovia. Aí ele vende fatura muito, e transfere a conta para nós. Toda vez que você passar tem que pagar.

Acho que isto fere até o direito de ir e vir; será que isto é constitucional?. Ou seja se tiver dinheiro passo, senão não passo.

E o pior, grande parte do percurso não está duplicado, é pagar para trafegar em rodovia comum.

Nesta viagem em um dos trechos ainda não duplicado próximo a Bom Despacho, deparamos com uma sena triste; debaixo da chuva uma família que viaja em um veículo colidiu de frente com uma carreta. Várias vítimas fatais, vidas que se perderam, cena triste, lamentável.

Ao chegar em BH, caímos naquela que é tida pelo pseudônio de rodovia da morte, a 381. Mais uma vez pude comprovar porque ela tem este nome. De Belo Horizonte ao trevo que dá acesso a rodovia que segue a Itabira são 80 kilômetros; não conseguimos ultrapassar os  vinte kilômetros por hora.. Uma viagem que tinha previsão de durar no máximo 06 horas, se estendeu a nove horas. Muita tensão.

Tráfego intenso de carretas, caminhões, e veículos pequenos como o nosso, se espremendo e lutando pela sobrevivência.

Pobre caminhoneiros que cruzam nosso país transportando o progresso, lutando para voltar com vida para casa. Quantos pais de família não voltam, quantas famílias dizimadas pela  tragédia anunciada. Mais pela frente nos deparamos com vários outros acidentes. A BR 381 está lentamente sendo duplicada,pois a corrupção a impediu de estar pronta.

Voltando a noticia do Jornal  O Estadão, faço aqui uma constatação trágica; Enquanto nossas autoridades queimam nosso dinheiro, usando jatinhos da Força Aérea Brasileira, nossas famílias perdem a vida nas péssimas estradas que cortam nosso país. E quando queremos trafegar por uma estrada melhor temos pagar pedágio, e caro.  Esse é o nosso país.

Os impostos sobre nossos veículos  seguem caríssimos, sobre os combustíveis nem se fala. O Governo nos obriga agora a pagar também pela manutenção das estradas. Na contramão disso tudo, temos também que pagar para que eles voem às nossas custas em confortáveis aviões ,por isto não conhecem a gravidade da nossas estradas, pois não precisam trafegar por elas.

Para encerrar, volto a Carlos Drummond de Andrade, um dos mais influentes poetas do século xx  nascido em Itabira, e vou parafrasear um de seus poemas, No meio do Caminho.

“No meio do caminho tinha uma pedra

Tinha uma pedra no meio do caminho”

No meio da estrada cheia buracos, havia  uma vida,

Havia uma vida  no meio da estrada cheia de buracos.

 

Abraços e até a próxima.