Notícias

Foto: Divulgação/Sejusp

Empresa privada fecha parceria e oferece empregos no beneficiamento de alho a detentos da Penitenciária de Patrocínio

11/09/2021 às 11:00

A Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares de Patrocínio firmou parceira com uma empresa de beneficiamento de alho, durante o mês de agosto, para oferecer empregabilidade aos presos. A oficina de trabalho funciona no interior da unidade prisional em um galpão de 35m² e emprega 15 detentos, atualmente, com a expectativa de dobrar o número nos próximos meses.

Na oficina, os detentos são responsáveis por fazer a seleção, a limpeza, descascar e embalar o produto, além de realizarem carga e descarga dos itens para transporte. Na primeira semana de trabalhos, a produção chegou a 4,5 toneladas de alho.

A proposta partiu a partir da empresa de alho. “Um dos nossos gerentes, o Frederico, nos informou acerca da possibilidade de contratação de mão de obra prisional e nos incentivou a fazer a contratação. Ele ressaltava dois aspectos importantes, primeiro de caráter humanitário, segundo, econômico”, contou o empresário Daniel Côrtes.

Para o empresário “dar oportunidade de trabalho a indivíduos privados de liberdade é dar esperança, é reafirmar que é possível recomeçar e afirmar o valor que o trabalho tem para reintegrar a sociedade.”

Por outro lado, a empresa também acaba lucrando, visto que a mão de obra prisional é abaixo do valor de mercado. “Nos empenhamos no treinamento daqueles que iriam limpar o alho e eles corresponderam e têm feito um bom trabalho. Estamos muito satisfeitos e entendemos a necessidade de seguir com vigor as normas de segurança do presídio. Se houver uma oportunidade de parceria, os empresários deveriam ao menos     experimentar a mão de obra prisional, pois a possibilidade de obter qualidade é real”, finalizou Côrtes.

O diretor da penitenciária, William dos Santos, avalia positivamente a parceria. “Está sendo muito importante no processo de ressocialização e reinserção do indivíduo privado de liberdade. Além de oportunizar como mais uma oferta de trabalho dentro da unidade prisional, cria um ambiente menos ocioso, menos tenso e mais disciplinado”, afirmou.

Para o detento, a oportunidade, além de remuneração, oferece o direito de reduzir seu tempo de aprisionamento.  A cada três dias trabalhados é abatido um dia referente à sua pena proposta.

Texto: Thais Busqueiro/Grupo Difusora

Reportagem: Erasmo Cláudio/Difusora 95