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José Maria Campos: Na linha do bom senso

08/11/2016 às 14:44

De política e futebol

A política assim como o futebol neste país tupiniquim, vivem na mais completa anarquia.  A maioria dos políticos, e a maioria dos cartolas do nosso maior esporte só olham para o próprio umbigo. Os sociólogos dizem que a corrupção no futebol é do mesmo tamanho da que existe na política. E acreditamos que é verdade, pelo que temos assistido todos os dias.  E o pior que a coisa vai só piorando em vez de melhorar, em todos os sentidos.

No futebol a corrupção começa lá na entidade-mãe, a CBF que deveria dar o exemplo. Lá estão os piores usurpadores daquilo que deveria ser distribuído entre os afiliados da entidade, mas em contrapartida, o presidente da CBF não pode nem viajar ao exterior, por que pode ser preso.

Daí, o mau exemplo segue nas federações estaduais, onde a fonte é tão boa que presidentes permanecem décadas no poder sem largar o osso, devido facilidade que tem de embolsar o dinheiro que seria para os clubes, principalmente do interior, para sua sobrevivência. Não é segredo para ninguém, todo mudo sabe disso.

O futebol está em crise, mas e os cartolas, estão? A política está em crise, mas os políticos estão?  Por acaso você já ouviu dizer que os salários dos congressistas foram reduzidos, ou que estão sendo escalonados? Claro que não. Na verdade a crise só existe para povo excluído dos privilégios nesse país das desigualdades.

Essas castas privilegiadas fizeram de todos nós pobres coitados que hoje pagamos os maiores impostos do mundo para lhes proporcionar vida boa, enquanto os incautos continuam sendo degraus para que esses poucos privilegiados  possam atingir seus mais nefastos objetivos. E vai continuar assim enquanto o povo não tomar uma atitude para acabar com essa farra. E acreditamos que esse tipo de atitude está no aprender a votar, na mais pura reação do voto. Acontece, porém, que cada dia fica mais difícil saber separar o joio do trigo, diante de tantas falcatruas e corrupção que defrontamos diariamente na política e no futebol. Votamos na espera de renovação, de melhoria, e de repente vem a frustração. De repente caímos novamente em depressão. Só resta mesmo a esperança, mas até quando. Vêm aí 2017, e parece que está surgindo uma luz no fim do túnel. Mais uma vez vamos confiar, na esperança de que pelo menos haja justiça e menos mágoas. Do contrário, a seguir como está, vamos viver mais alguns anos de estagnação, perseguição política e esportiva.

Que Deus possa olhar mais um pouquinho por nós.