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Jota Campos: Na linha do bom senso

21/02/2017 às 09:41

A ciranda da cidade

Confesso que há tempos não via a cidade num movimento constante, na maioria de seus seguimentos, numa grande ciranda, uma roda gigante em pleno movimento, girando com dedicação e comprometimento. Aos poucos vamos resgatando o grande prestígio político que Patrocínio sempre teve no passado, que nos últimos vinte anos, nem tanto. Nosso prestígio na roda gigante da política foi parar debaixo do carpete, por inércia da maioria dos políticos rangelianos, que praticaram por muito tempo uma política totalmente inadequada, prejudicando a população com ataques aos adversários como se fossem inimigos pessoais, praticando uma política de revés e alterada.

Posso falar de cadeira, porque conheço de perto essa nossa configuração política, e acho que os nossos atuais agentes políticos deveriam buscar no passado, pelo menos a postura invejável dos políticos de vinte ou trinta anos passados. Naquela época, em que os adversários se respeitavam, por que sabiam que  depois da eleição não haveriam  nem vitoriosos, nem perdedores, pois todos viviam na mesma cidade, e que ninguém por mais adversário político que fosse, jamais iria desejar e nem trabalhar para o retrocesso do município. Em tive o privilégio de viver essa época, como cidadão e como profissional da comunicação.

Alguém disse certa vez, que estadista é aquele que pensa nas próximas gerações, e político, é aquele pensa somente nas próximas eleições. Há muito tempo não surge um estadista na política brasileira. Na nossa modesta opinião, o último foi Tancredo Neves. De lá até hoje, é essa muvuca que estamos vivendo, onde a cada movimento estamos sempre ouvindo a expressão máxima do falso socialismo, que diz “aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei”.

Mas voltando aos assuntos agradáveis, parece que nosso prestígio político começou a retornar. Ha muito tempo não tínhamos a visita de um governador do estado que ficasse certo tempo na cidade, e nem que viesse com recursos para a população. Sempre eram visitas rápidas e sem nenhum retorno. Desta vez vieram ônibus escolares, ambulâncias e o mais importante: recursos para dar início ao projeto do Pronto Socorro Municipal, o calcanhar de Aquiles das últimas administrações. Isso significa o retorno da esperança por dia melhores. Embora ainda estejamos no início de governo, mas algumas ações já demonstram boa vontade política em resolver as questões mais graves da cidade, coisa que raramente acontecia. Estamos vendo também a movimentação de outros agentes políticos tidos como derrotados no último sufrágio, conseguindo recursos para o município, nestes tempos de vacas magras.  Isso também nos dá a esperança de união, por que chega de perpetuação no poder, que vinha acontecendo.  Se no final dos quatro anos, a atual administração não der certo, a vontade do povo é soberana para mudar de novo. Assim é a democracia.

Essa é a ciranda da cidade, sempre em busca de crescimento e benefícios para a população. Já perdemos muito tempo com esse ranço político que foi instalado nos últimos vinte anos. Já era hora de dar um fim nessa política jurássica que estávamos vivendo. Perdemos muito, e agora é o momento  de recuperar todo o tempo perdido com bobagens, preconceitos, vaidades bobas, arrogância,  falsas prepotências. Os agentes políticos foram eleitos para cumprirem os compromissos concertar o que estava errado. Não fazem mais do que a obrigação deles em retornar o voto que ganharam ao elenco de prioridades para a população. A população  patrocinense agradece  por que sabe que a melhor parte da sabedoria está na gratidão.

Que assim seja.