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Na Difusora95, paciente que se curou do Covid-19 em Patrocínio, se manifesta

26/03/2020 às 14:48

A Comissão Técnica Municipal de Enfrentamento ao Covid-19 na última terça-feira dia 24, emitiu nota onde relatava a liberação após quarentena, na segunda-feira dia 23, da pessoa residente em Patrocínio e que teve o primeiro registro de coronavírus na cidade. Como já é sabido por todos, trata-se de uma pessoa do sexo feminino e que esteve na Itália e tão logo chegou à cidade procurou a Secretaria de Saúde do Município após testar positivo para a doença em um exame realizado de forma particular em um laboratório local.

A reportagem da Difusora95, logo após a liberação da paciente, manteve contatos com ela, visando saber seu estado de saúde, tônica que tem sido expressada pela emissora desde quando houve a confirmação do caso. A mulher que, diga-se de passagem, foi muito receptiva ao contato da reportagem, explicou que embora diante a tudo que tem sido falado da doença no mundo ela não teve complicação alguma, ou seja, não esboçou sintomas. A ex-portadora do Covid-19 e residente em Patrocínio, embora tenha tido uma longa e aberta conversa por telefone com o jornalismo da emissora, não quis gravar entrevista, mas autorizou a reprodução de algumas de suas palavras: “estou graças a Deus bem e liberada para seguir a minha vida, só tenho que agradecer a Deus por ter passado por tudo isso sem nenhuma complicação e sequer ter que ir a uma unidade de saúde. E digo a todos que ao menos comigo o coronavírus não foi como estão dizendo. Diante à doença eu estou curada” enfatizou.

A reportagem não irá mencionar outras situações envolvendo a ex-paciente e que foram esclarecidas por ela na conversa, em respeito ao seu posicionamento neste momento, que é de não falar.

Em todas as entrevistas dadas a reportagem do Grupo Difusora de Comunicação, a porta voz da Comissão Técnica Municipal de Enfrentamento ao Covid-19 na cidade, Noilma Passos e em especial médicos também ouvidos, sempre deixavam claro que a paciente desde o início estava assintomática a doença.

Na quinta-feira dia 18 de março o médico infectologista do Hospital Santa Casa de Patrocínio, Gustavo Camargo Lopes em entrevista nos estúdios da Difusora95, disse que as autoridades competentes já atestaram que uma pessoa após o 14° dia de quarentena não tem mais capacidade de transmissão da doença. Dr. Gustavo explicou ainda que a grande maioria das pessoas com coronavírus são assintomáticas, e é por isso que se pede o isolamento. O infectologista deixou claro que o assintomático dentro do período de atuação do vírus, é o que mais transmite a doença. Ele acredita que se houver uma melhor condução destes pacientes sem os sintomas da doença, por meio de isolamento social, a transmissão diminui, e o grupo de maior risco de internação nos hospitais terá mais oportunidade de tratar quando demandarem algum tipo de atenção nas unidades de saúde, pois será um número menor e suportável nas redes.

“Dentro da pirâmide dos infectados 80% são pacientes assintomáticos e que transmitem a doença, depois vem o grupo de mais ou menos uns 15% de pacientes que poderão vir a se internar e os outros 5% fazem parte de um grupo que além da internação pode chegar a ir para as Unidades de Terapia Intensiva – UTIs demandando mais do sistema de saúde. Então o que queremos com essas medidas de proteção, é diminuir essa pirâmide, em especial esse número de assintomáticos que pegam a doença e ficam sem indicação nenhuma para internação, e com essas medidas de isolamento, esses assintomáticos terão menos contatos com as pessoas e consequentemente diminuiremos muito a transmissão do vírus que se espalha com muita facilidade em especial através dos pacientes sem sintomas da doença” explicou o infectologista da Santa Casa.

José Antonio/Grupo Difusora