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Novembro Douradoé um mês dedicado à conscientização sobre o câncer infantojuvenil
12/11/2025 às 16:47
Novembro Dourado é um mês dedicado à conscientização sobre o câncer infantojuvenil, com foco na importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de cura. O movimento busca informar pais e cuidadores sobre os sinais de alerta, promover o apoio emocional e reforçar a necessidade de exames e consultas regulares. A cor dourada representa a cor do laço simbólico do câncer infantojuvenil, adotado internacionalmente na década de 1990.
O que é o Novembro Dourado
Objetivo principal: Conscientizar a população sobre o câncer em crianças e adolescentes, enfatizando que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.
Símbolo: O laço dourado é o símbolo da campanha, representando o câncer infantojuvenil.
Ações: Campanhas informativas são realizadas para educar pais e cuidadores sobre os sinais e sintomas da doença, incentivando a busca por atendimento médico imediato quando houver suspeita.
Sinais de alerta para o câncer infantojuvenil
Perda de peso inexplicada
Febre persistente
Dores de cabeça intensas
Manchas roxas na pele
Inchaços ou nódulos em qualquer parte do corpo
Fraqueza ou paralisia de um lado do corpo ou do rosto
Sangramentos anormais ou sangue na urina
Dor óssea persistente
Inchaço em um dos olhos, olho torto ou estrabismo
Como ajudar e participar
Compartilhe informações: Divulgue informações corretas sobre o Novembro Dourado e a doença.
Incentive a prevenção: Motive os homens em sua vida a fazerem exames de rotina e se cuidarem.
Apoie as famílias: Ofereça apoio emocional e auxílio às famílias que enfrentam a doença.
Fique atento aos sinais: Incentive o acompanhamento pediátrico regular e preste atenção a quaisquer sinais ou sintomas incomuns nas crianças.
Ainda segundo o INCA, 70% das crianças e adolescentes diagnosticados com câncer podem ser curados, desde que o diagnóstico seja precoce e a criança possa ser tratada em um centro especializado.
Por isso é fundamental reconhecer os sintomas e procurar atendimento médico imediato caso os sinais sejam identificados.
A criança deve receber o suporte de conjunto integrado de profissionais especialistas em oncologia pediátrica, cirurgiões pediátricas, radioterapeutas, radiologistas, enfermeiros, assistente social, nutricionistas, farmacêuticos e psicólogos.
Na criança e no adolescente, as neoplasias malignas, na sua maioria, tendem a apresentar menores períodos de latência, crescem quase sempre rapidamente, são geralmente invasivas e respondem melhor à quimioterapia. Diferentemente do câncer do adulto, as neoplasias malignas na criança e no adolescente geralmente afetam as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que no adulto comprometem as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos. Assim, nas crianças e adolescentes, os cânceres mais frequentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas.
No Brasil, em 2011, ocorreram 2.812 óbitos por câncer em crianças e adolescentes (0 a 19 anos). As neoplasias malignas ocuparam a segunda posição de óbitos (7%) nesta faixa etária, perdendo apenas para os óbitos por causas externas.
Infelizmente, com base nos dados dos registros de câncer atualmente consolidados, sabemos que no país muitos pacientes ainda são encaminhados aos centros de tratamento com a doença em estágio avançado.
A detecção do câncer em estágios mais localizados reduz consideravelmente as complicações agudas e tardias do tratamento, além de contribuir para maior percentagem de cura.
Considerando que a infância e a adolescência são períodos críticos do desenvolvimento em que, além da formação de hábitos de vida, a exposição a fatores ambientais pode afetar a estrutura ou a função de órgãos ou tecidos, comprometendo a saúde do adulto, é fundamental a orientação sobre os fatores de risco conhecidos para o câncer relacionados à ausência da prática regular de exercícios físicos, a exposições de longa duração à alimentação inadequada, a exposição à radiação ultravioleta sem proteção, ao uso de tabaco e de álcool, à não vacinação contra agentes infecciosos, como hepatite B, e HPV, além da prática sexual sem proteção.
Fonte: SBP Sociedade Brasileira de Pediatria
