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NOVEMBRO VERMELHO: APOIE ESTA CAUSA

19/11/2025 às 17:17

É um mês destinado a conscientização contra o câncer bucal, o qual

ganhou apoio do Governo do estado do Paraná (Lei 19868/2019), que

tem como objetivo a conscientização da população sobre a

importância de prevenir e combater precocemente o câncer de boca,

enfatizando sua gravidade, a necessidade de cuidados e o diagnóstico

precoce, além da detecção precoce de lesões malignas em cavidade

oral e lábios, encaminhando o paciente para um tratamento

adequado. O estabelecimento de diretrizes para o desenvolvimento

de ações integradas, visando prevenir e combater o câncer de boca,

envolvendo a população, órgãos públicos e empresas privadas. A

proposta está em sintonia com a Organização Mundial da Saúde

(OMS) que estima que a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência

de câncer em cerca de 25% até 2025. As estatísticas publicadas pelo

INCA revelam que morreram no Brasil, em 2015, em consequência

dessa doença 5.898 pessoas, sendo 4.672 homens e 1.226 mulheres.

O estudo é do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) criado

pelo Datasus (Departamento de Informática do SUS) para obtenção

regular de dados sobre mortalidade no país. Esse tipo de câncer é o

quinto tumor mais frequente entre homens o sétimo em mulheres. O

Inca estima que na região Sul do Brasil aproximadamente quinze

novos casos de câncer de boca são diagnosticados para cada grupo

de cem mil habitantes. Neste sentido, ações que visam conscientizar

a população sobre a importância de um diagnóstico precoce e de um

tratamento adequado tem importância crucial. Podem ser a diferença

entre a vida e a morte.

As campanhas têm um forte caráter preventivo.

É preciso insistir na importância de hábitos saudáveis. De acordo com

o Ministério da Saúde, hábitos simples e saudáveis como boa higiene

bucal, não consumir ou reduzir bebidas alcoólicas e não fumar podem

ajudar a reduzir incidência da doença. Aliás, a ligação letal entre o

tabagismo o câncer de boca é notório. Além de é claro fazer uma

campanha para que a população procure um Cirurgião dentista ao

menos uma vez ao ano, pois este profissional é capacitado para

manter a saúde bucal dos pacientes. O diagnóstico da doença é feito

a partir de biópsia, ou seja, o exame de um fragmento de uma lesão

suspeita. “Para que haja uma detecção precoce, é imprescindível estar

atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta. Diante de alguma

lesão que não cicatrize em no máximo 15 dias, procure um

profissional da saúde (dentista ou médico para a realização do exame

completo da boca). Aproveite as consultas com o dentista para tirar

dúvidas e relatar qualquer sintoma diferente”, orienta a cirurgiã

dentista.

O câncer bucal geralmente apresenta alguns sinais, tais como, lesões

na cavidade oral ou nos lábios, que podem apresentar sangramentos;

manchas e placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas,

palato ou bochechas; nódulos no pescoço e rouquidão persistente.

São mais suscetíveis a desenvolver a doença, pessoas que:

  • São fumantes;
  • Foram expostas ao vírus HPV;
  • Usam próteses dentárias mal adaptadas;
  • Apresentam excesso de gordura corporal;
  • Consomem regularmente bebidas alcóolicas;
  • Se expõem a óleo de corte, amianto, poeira de madeira,

poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro,

formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e

agrotóxicos;

  • Trabalham com agricultura e criação de animais, indústria

têxtil, de couro, metalúrgica, borracha, construção civil,

oficina mecânica, fundição, mineração de carvão, assim como profissionais cabeleireiros, carpinteiros, encanadores,

instaladores de carpete, moldadores e modeladores de vidro,

oleiros, açougueiros, barbeiros, mineiros, canteiros, pintores

e mecânicos de automóveis.

O tratamento é cirúrgico na maioria das vezes, tanto para lesões

menores como para tumores maiores. Normalmente, a cirurgia

consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção

dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando

necessário. Quando a cirurgia não for possível ou quando o médico

avaliar que o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais

complicadas para reabilitação e qualidade de vida do paciente, a

radioterapia e quimioterapia são indicadas. Além disso, nos casos

mais complexos, a radioterapia pode complementar o tratamento e

obter melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é

importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários

profissionais de saúde) visando a prevenir complicações e sequelas.

Fonte: CRO-PR Conselho Regional de Odontologia do Paraná