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Novos acolhimentos de pacientes podem não ser realizados pelo Hospital do Câncer neste ano
02/01/2018 às 11:31
O elevado custo com a manutenção do Hospital do Câncer têm colocado em risco o atendimento de novos pacientes. Hoje, são mais de 500 pessoas assistidas pela instituição, que sobrevive com doações e recursos provenientes de eventos realizados por parceiros. Todas as despesas do Hospital são contabilizadas na ponta do lápis para não prejudicar o atendimento. A diretoria trabalha de forma equilibrada para manter esse atendimento, mas, para 2018, segundo o presidente do Hospital, Thiago Miranda de Oliveira, o panorama é preocupante.
Thiago lembra que todos os atendimentos são feitos de forma gratuita. Os atuais 506 pacientes extrapolaram a capacidade financeira, o que faz ele prever um ano muito difícil, principalmente pelo fato da instituição não receber qualquer tipo de recurso extra através de algum tipo de governo municipal, estadual ou federal, emenda parlamentar ou mesmo da Câmara Municipal de Patrocínio. Com isso, não está descartada o não acolhimento de novos pacientes em 2018, pelo menos de forma temporária.
Esse assunto será tratado em assembleia, que será realizada dia 29/01, quando outros assuntos também serão debatidos como, por exemplo, a desistência do processo de credenciamento em oncologia perante ao Ministério da Saúde, para receber recursos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por falta de interesse dos órgãos públicos. Quanto aos pacientes que estão em tratamento, Thiago garante que os tratamentos serão realizados normalmente, só serão iniciados novos atendimentos quando o Hospital dispor de outras fontes de renda externas.
Em estudo feito, o presidente explica que a manutenção anual do Hospital do Câncer ficaria entre 1 milhão a 1,8 milhão reais. Thiago concluiu afirmando que qualquer tipo de verba, concedida por emenda parlamentar, através do governo, nas esferas municipal, estadual ou federal diluída de forma mensal, poderia fazer com que o Hospital continuasse com o recebimento de novos pacientes.
Renato Oliveira
