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O que acontece se você tomar vitaminas em excesso? Os efeitos colaterais…
19/06/2024 às 17:12
Manter uma boa saúde é um passo importante para viver mais tempo, e uma maneira de fazer isso é consumindo vitaminas todos os dias. Embora haja muita informação na internet sobre os prós e contras desses nutrientes, geralmente não é muito divulgado sobre o que acontece no corpo se você ingerir demais vitaminas. Mesmo que estejamos bem intencionados em reforçar a nossa imunidade, a verdade é que o exagero pode ser perigoso, causando efeitos colaterais.
Vitamina C
Se você gosta de frutas cítricas, recomendamos que controle o consumo, pois a vitamina C pode causar danos irreparáveis ao organismo se ingerida em excesso. Embora a vitamina C seja solúvel em água, a ingestão excessiva pode causar problemas gastrointestinais, como diarreia, náuseas e cólicas abdominais.
A megadosagem com suplementos de vitamina C também pode aumentar o risco de desenvolver pedras nos rins, especialmente se você leva um estilo de vida sedentário. Como mencionado, a vitamina C é bastante abundante em frutas cítricas (como laranja e limão), mas também pode ser encontrada em morango, kiwi, pimentão, brócolis e tomate, por exemplo.
Vitamina B1
A vitamina B1 também é conhecida como tiamina e é essencial para o metabolismo energético e a função nervosa. Felizmente, a ingestão excessiva de vitamina B1 é relativamente incomum e normalmente não apresenta efeitos adversos significativos. No entanto, megadoses de suplementos de tiamina podem causar dores de estômago, coceira e até erupções cutâneas.
A tiamina é encontrada em alimentos como grãos integrais, carne de porco, carne bovina, nozes, sementes, legumes e cereais fortificados. Curiosamente, a B1 também pode ser tomada através de injeções repetidas, o que só é recomendado a pedido de um profissional médico, pois pode causar reações alérgicas graves.
Vitamina B2
Também conhecida como riboflavina, a vitamina B2 é necessária para a produção de energia no corpo humano e para o funcionamento celular normal. Assim como a tiamina, a ingestão excessiva de riboflavina é geralmente rara e os efeitos colaterais negativos não são relatados com frequência. Altas doses de suplementos de vitamina B2 às vezes podem causar descoloração amarela brilhante no xixi, mas isso é inofensivo.
A riboflavina sintética é frequentemente prescrita por oftalmologistas para tratar doenças oculares, mas fontes alimentares mais naturais da vitamina incluem leite e laticínios, ovos, carnes magras e vegetais de folhas verdes.
Vitamina B3
A terceira vitamina do grupo B também é conhecida como niacina ou ácido nicotínico e é uma das poucas vitaminas também classificadas como medicamentos prescritos. O consumo excessivo pode levar à toxicidade da niacina, que é caracterizada por sintomas como rubor na pele, coceira, náusea, vômito, dor abdominal e danos ao fígado.
A ingestão excessiva crônica de B3 também pode aumentar o risco de resistência à insulina e síndrome metabólica, o que pode levar a diabetes. A niacina está naturalmente presente em alimentos como carnes (especialmente fígado e aves), peixes (como atum e salmão), nozes e grãos enriquecidos.
Vitamina B5
Embora a vitamina B5 (também chamada de ácido pantotênico) seja crucial para o metabolismo energético e para a criação de hormônios no corpo humano, há evidências muito limitadas sobre os efeitos adversos da ingestão excessiva. No entanto, megadoses de suplementos de ácido pantotênico podem causar diarreia, náuseas e cólicas estomacais.
Suplementos em altas doses de vitamina B5 às vezes são usados para tratar níveis sanguíneos elevados em pacientes com colesterol, o que reduz o risco de doenças cardiovasculares. Fontes alimentares mais naturais de vitamina B5 incluem carne (especialmente fígado), aves, peixes, ovos, grãos integrais e abacates.
Vitamina B6
A vitamina B6 também é conhecida como piridoxina e é uma vitamina crucial que ajuda o sistema nervoso e o metabolismo a funcionarem de forma eficiente. Mas consumir muita B6 pode levar a uma sobrecarga do nosso sistema nervoso e causar neuropatia sensorial, resultando em dormência, sensações de formigamento e danos nos nervos, principalmente nas mãos e nos pés.
O consumo excessivo de suplementos de piridoxina a longo prazo também pode resultar em toxicidade nervosa, que é na maioria das vezes irreversível. As fontes alimentares de vitamina B6 incluem aves (especialmente frango e peru), peixes (como atum e salmão), batatas, bananas e grão de bico.
Vitamina B7
A vitamina B7 (também chamada de biotina) é outra que muitas vezes não resulta em efeitos colaterais importantes. B7 é essencial para o metabolismo e para a manutenção de cabelos, pele e unhas saudáveis, mas doses extremamente altas de suplementos de biotina podem interferir em certos testes laboratoriais, levando a resultados imprecisos.
A overdose de biotina também pode incluir insônia e desidratação, mas esses sintomas são bastante raros. Alimentos como ovos, fígado, nozes, sementes e batata doce geralmente contêm essa vitamina.
Vitamina B9
Aqui está outra vitamina da classe B que pode causar efeitos negativos quando consumida em excesso. Também conhecida como folato, a vitamina B9 é essencial para a divisão celular e a síntese de DNA. Curiosamente, a ingestão excessiva de suplementos de folato pode mascarar os sintomas de deficiência de vitamina B12 e interferir com certos medicamentos.
Altas doses de suplementos de vitamina B9 também podem aumentar o risco de câncer colorretal em alguns indivíduos. O folato é encontrado naturalmente em alimentos como folhas verdes (como espinafre e couve), legumes (lentilhas e grão de bico), grãos fortificados e frutas cítricas.
Vitamina B12
Tal como a B9, a vitamina B12 é um fator crucial para a função nervosa e a síntese de DNA, embora a ingestão excessiva seja geralmente bem tolerada. Na verdade, quantidades excessivas são geralmente excretadas no xixi sem quaisquer reações adversas. No entanto, doses extremamente altas de suplementos de vitamina B12 podem causar erupções cutâneas semelhantes a acne, coceira e, em casos raros, anafilaxia.
A vitamina B12 também é conhecida como cobalamina e é encontrada principalmente em produtos de origem animal, como carne, peixe, aves, ovos e laticínios. É uma das três vitaminas mais importantes para o consumo humano, ao lado da vitamina D e do ferro.
Colina
A colina já foi classificada como vitamina B4 e é vital para o funcionamento de muitas partes diferentes do corpo humano, incluindo a saúde do cérebro, o metabolismo e a estrutura celular. A ingestão excessiva de colina, especialmente por meio de suplementos, pode causar pressão arterial baixa, sudorese, odor corporal de peixe e problemas gastrointestinais.
Alguns estudos sugeriram que existe também uma ligação potencial entre a ingestão elevada de colina e um risco aumentado de doenças cardiovasculares. A vitamina é encontrada naturalmente em alimentos como ovos, carne (especialmente fígado), peixe, laticínios e certos vegetais como brócolis e couve de Bruxelas.
Ácido salicílico
Embora não seja comumente referido como vitamina, o ácido salicílico é encontrado principalmente em medicamentos como a aspirina e em certas plantas como a casca do salgueiro. Quando consumido em quantidades excessivas, pode causar toxicidade por aspirina, gerando sintomas como úlceras estomacais, sangramento gastrointestinal, zumbido nos ouvidos e confusão.
Para pessoas com pele sensível, o consumo excessivo de ácido salicílico pode desidratar drasticamente a pele e causar irritação intensa. Porém, se usado com moderação, pode ser verdadeiramente benéfico e ajudar na manutenção da saúde da pele.
Vitamina A
O consumo de quantidades excessivas de vitamina A, geralmente na forma de retinol, pode levar a uma condição chamada hipervitaminose A. Os sintomas podem incluir náuseas, tonturas, visão turva, dores ósseas e, em casos graves, danos no fígado e defeitos congênitos.
A vitamina A é crucial para a visão normal, o sistema imunológico e a reprodução, além de manter a saúde do coração e dos pulmões. Produtos lácteos fortificados são fontes comuns onde a vitamina A pode ser encontrada, junto com ovos e algumas frutas e vegetais como cenoura e espinafre.
Vitamina D
Embora a vitamina D seja essencial para a saúde óssea e a função imunológica, o consumo excessivo pode levar à hipercalcemia, uma condição caracterizada por excesso de cálcio no sangue. Isso normalmente resulta em pedras nos rins, calcificação dos tecidos (especialmente nos vasos sanguíneos), náuseas, vômitos, fraqueza e até anormalidades no ritmo cardíaco.
A vitamina D é considerada a mais importante para a vida humana e é obtida principalmente através da exposição solar. Outras fontes incluem peixes gordurosos e laticínios, mas muitos médicos recomendam o consumo de suplementos de vitamina D para evitar possíveis deficiências.
Vitamina E
A vitamina E é conhecida por ser um importante antioxidante que apresenta uma melhora acentuada nas doenças cardiovasculares quando tomada com moderação. No entanto, altas doses de suplementos de vitamina E podem aumentar o risco de sangramento, principalmente em indivíduos que tomam medicamentos para afinar o sangue.
O consumo prolongado e excessivo de vitamina E também pode interferir na capacidade do corpo de formar coágulos sanguíneos de maneira adequada. Os alimentos ricos em vitamina E incluem nozes (especialmente amêndoas e avelãs), sementes (como sementes de girassol), óleos vegetais (como óleo de girassol) e vegetais de folhas verdes.
Vitamina K
A vitamina K é crucial para a coagulação do sangue e a saúde óssea do corpo humano, e consumir muito dela pode interferir nesses processos do corpo. Indivíduos que consomem vitamina K em excesso enquanto ingerem medicamentos anticoagulantes prescritos podem ter problemas de sangramento em seu corpo.
Felizmente, a ingestão excessiva de vitamina K é rara apenas através da dieta, pois só pode ser produzida por plantas. A vitamina é encontrada em vegetais de folhas verdes, brócolis, couve de Bruxelas e óleos vegetais (como óleo de soja e canola).
Fontes: (Healthline) (Everyday Health) (WebMD) (Better Health Channel) (Elo Health) (Britannica)