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Foto: Arquivo pessoal

Pai de técnico do CAP conta sua história no futebol

25/01/2020 às 09:19

O senhor Jair dos Santos esbanja vitalidade. Aos 73 anos, faz academia três vezes por semana, joga tênis e aos fins de semana ainda pedala de 30 a 40 km. Esta é a rotina do ex-goleiro e preparador de goleiros, pai de Thiago de Oliveira Santos, treinador do Clube Atlético Patrocinense.

Como goleiro profissional, Jair atuou em equipes importantes como Grêmio, Santa Cruz, Bahia e Vasco. Após a aposentadoria, continuou no futebol numa nova função.

Foto: Jair realizando defesa

“Foi uma carreira muito extensa. Tive o prazer de jogar com grandes jogadores nos anos 70 e 80. Depois tive a possibilidade, como profissional, de fazer o curso [de preparador de goleiros] na Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro. Tinha muita gente boa e foi um curso muito bem feito, graças a Deus. Juntamente com Valdir de Moraes, que é da minha época e faleceu há pouco tempo, começamos a fazer treinamentos específicos para goleiros.”

Como treinador de goleiros, Jair soma 35 anos de experiência na área, com trabalhos no futebol brasileiro e no exterior (Arábia Saudita, Japão e Catar).

O ponto alto de sua trajetória foi em 1993, quando fez parte da comissão técnica do São Paulo de Telê Santana, no segundo título mundial do clube do Morumbi sobre o Milan, da Itália.

Foto: Arquivo pessoal

O último trabalho de Jair foi no Qatar, onde ficou até novembro de 2019. Desde então, voltou ao Brasil e atualmente mora em Barra do Garças-MT.

De pai pra filhos

Além de Thiago Oliveira, ex-jogador profissional e agora treinador do CAP, Jair também tem outro filho que seguiu seus passos. Fabiano, que é o responsável pela preparação de goleiros do Atlético de Três Corações-MG.

O pai acompanha as trajetórias dos filhos. Há cerca de um mês, esteve em Três Corações para visitar Fabiano.

Ele diz que, em breve, pretende conhecer a capital do café para acompanhar uma partida do Patrocinense, sob o comando de Thiago Oliveira.

Thiago e as táticas

Jair lembra que desde a infância o filho Thiago Oliveira, que é o caçula da família, sempre demonstrou interesse em táticas:

“Depois que começou a caminhar, ele já gostou de chutar bola. Sempre gostou de futebol! Desde pequeno, tinha uma quadra no Iate Clube Jardim Guanabara [Rio de Janeiro], onde ele ia jogar com a garotada. Então ali ele começou. E gostava de videogame, fazia as táticas dos times. Então eu ficava olhando aquilo: poxa, interessado em tática tão novo desse jeito”.

Como já vivenciou muitas situações no futebol e tem experiência em comissões técnicas, Jair conta que aconselha o filho.

“Sempre fico passando pra ele algumas coisas. O aspecto psicológico, principalmente, nas competições, é uma coisa muito importante. Ter equilíbrio e uma equipe com padrão de jogo. Treinador é aquele que tem personalidade, tem sua convicção de que está colocando a melhor equipe em campo.”

Texto: Filipe Ferreira/Difusora 95