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Foto: Cristiane Andrade

Pesquisas do INPE apontam que nos últimos 10 anos, este foi o de maior impacto em relação às queimadas no Cerrado

30/09/2021 às 15:03

Nos últimos meses as queimadas têm atingido as vegetações do Cerrado e causado prejuízos não somente à saúde das pessoas, já que a qualidade do ar fica comprometida, mas também a degradação do bioma, um dos mais ricos em biodiversidade em nosso ecossistema.

Em entrevista à Difusora 95 FM, o professor e coordenador do curso de Ciências Biológicas do Unicerp, Bruno Diniz, destacou que de acordo com o relatório do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, nos últimos 10 anos, é o maior impacto em relação às queimadas na área do Cerrado.

“O Cerrado abriga espécies de plantas endêmicas que só existem aqui, muitas delas nem foram estudadas ainda quanto ao seu potencial farmacêutico, a sua capacidade de produção de determinada substância que nós chamamos de metabólitos secundários e infelizmente uma queimada e outros processos de devastação nós temos a perda dessa biodiversidade”, afirmou Bruno.

Segundo o coordenador do curso de Ciências Biológicas, uma das causas dessas queimadas está relacionada à caça de javalis, algumas pessoas utilizam do manejo do fogo e isso pode sair do controle. Além disso, Bruno destacou o “fogo amigo” técnica realizada há muitos anos por produtores rurais também pode descontrolar, principalmente, devido ao vento.

Outro fator citado por Bruno Diniz é que existe a possibilidade do fogo se originar sozinho. “Nós sabemos que a incidência dos raios solares, a radiação solar pode sim ocasionar esse tipo de evento por que nós temos uma alta temperatura, um material que está altamente seco é um material inflamável e pode acontecer sim desse fogo espontâneo ocorrer”.

Para que as queimadas não aumentem nos próximos anos, o coordenador explica que é preciso conscientizar a população e mudar a legislação, sendo necessária uma mais rígida para pessoas que cometem o crime de incêndio.

Texto: Maria Gabriela Rabelo/ Grupo Difusora
Reportagem: Fernando Cássio/ Difusora 95