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Picada de escorpião-amarelo: bióloga fala sobre riscos leves e graves

04/09/2025 às 17:09

Acidentes envolvendo picada de escorpião crescem nas cidades e exigem atenção para sintomas e medidas de prevenção.

Nos últimos anos, o número de acidentes com escorpiões tem aumentado, especialmente nas áreas urbanas. Segundo a Elisangela Ronconi Rodrigues, doutora em Biologia, bióloga e coordenadora do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário FMU, esse crescimento está ligado à rápida urbanização e à capacidade de adaptação do escorpião-amarelo (Tityus serrulatus).

A especialista explica que esse escorpião se reproduz sem necessidade do macho, o que favorece sua proliferação. Além disso, ambientes urbanos com entulhos, esgoto e presença de baratas, seu principal alimento, criam as condições ideais para sua sobrevivência. O resultado é um risco maior de contato com humanos e, consequentemente, de acidentes.

Consequências da picada de escorpião: do leve ao grave

De acordo com a Profa. Dra. Elisangela, a maioria das picadas resulta em dor intensa e localizada, inchaço, vermelhidão e sudorese. São sintomas considerados leves, mas ainda causam bastante desconforto.

“Em casos mais graves, principalmente em crianças pequenas e idosos, o veneno pode desencadear sintomas sistêmicos, como náusea, vômito, taquicardia, dificuldade para respirar e até alterações neurológicas”, explica.

O fundamental, segundo a especialista, é buscar atendimento médico o mais rápido possível após a picada, principalmente em casos de maior vulnerabilidade.

Além dos cuidados em caso de acidente, a bióloga reforça que os escorpiões têm papel ecológico importante, atuando no controle de insetos. “O ideal não é exterminar, mas sim evitar o contato, mantendo o ambiente limpo e desfavorável à presença desses animais”, conclui.

Fonte: Vida & Estilo