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Polícia Militar se reúne com moradores e comerciantes no entorno da rodoviária
30/06/2016 às 09:33
Um problema que se repete ano a ano, voltou a ser tema de debate e preocupação: o grande número de mendigos e pessoas desocupadas que ficam no entorno do terminal rodoviário de Patrocínio, no bairro São Benedito e que tem tirado o sono dos moradores e também proprietários de estabelecimentos comerciais.
O problema social é grave e muitas pessoas no intuito de ajudar, acabam incentivando a mendicância naquela região, uma vez que doam alimentos, dinheiro e cobertores para se abrigarem do frio. Mas o que tem chamado a atenção é o fato de muitas dessas pessoas que ficam perambulando o dia todo, em alguns casos fazendo uso de bebida alcóolica e até mesmo drogas, tem residência fixa em Patrocínio e acabam sendo excluídos pelos parentes e devido a facilidade encontrar comida e bebida na rua acabam não voltando para casa.
Os comerciantes também reclamam da perturbação do sossego. A moradora Lídia Borges relata que o barulho é muito, independentemente do horário provocado por alguns bares existentes no local, prostituição e uso imoderado da bebida. Ela afirmou que os mendigos não comentem roubos ou furtos, mas lembra que muitas pessoas acabam incentivando a permanência deles naquela região, o que acaba prejudicando o comércio e o bem-estar local.
A Polícia Militar esteve representada em reunião realizada nesta terça-feira (28), através do subcomandante da 87ª Cia. Tenente Pereira que recebeu as reclamações e sugestões. O Oficial ressaltou que a PM tem conhecimento do que tem sido a utilização da praça pública e lembrou que durante as operações deflagradas naquela região já foi feita a prisão de várias pessoas e advertência devido a inúmeras situações vistas por lá.
O Tenente sugeriu que a Secretaria de Obras junto a de Urbanismo possa rever a manutenção de alguns arbustos existentes no local e que haja uma manutenção constante na iluminação, já que as pessoas que ficam por ali e aproveitam a falta de luminosidade para se esconderem e utilizar drogas e se prostituírem. Solicitou também que a população incentive a permanência dos mesmos com doação de alimentos, roupas de cama, agasalhos e dinheiro.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social esteve representada pela coordenadora do CREAS (Centro de Referência da Atenção Social), Maria José Gonçalves Costa. Ela lembra que atualmente essas pessoas que são conhecidas como mendigos, levam o nome de os “excluídos” e considerados por Lei como sujeitos de direito.
Maria José ressalta que a Secretaria já faz um trabalho de identificação e encaminhamento para os programas de atendimentos em vários segmentos e muitas das vezes são encaminhadas para algum tipo de tratamento. Quanto aqueles que não são de Patrocínio e que chegam a cidade e não tem condições de retornar, a assistente social disse que é fornecida a passagem para retorno e dependendo da situação é enquadrada dentro dos programas desenvolvidos pela Secretaria e até mesmo buscando a inclusão novamente no seio familiar.
Renato Oliveira