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Foto: Boa Forma/Reprodução

Sal do Himalaia não é melhor do que o comum

14/02/2020 às 14:47

O Sal rosa é extraído das minas secas do Himalaia, na Ásia, e não passa pelo processo de refinamento. Por isso, muitas pesquisas e livros afirmam que o tempero mantém mais de 80 minerais (como cálcio, ferro, magnésio, zinco e selênio) e apenas 240 miligramas de sódio por grama do produto (260 a menos que o sal refinado). Apesar de ter o mesmo sabor que a versão refinada, o sal natural é bem mais caro, algo em torno de R$ 35. Já o comum é vendido, em média, por R$ 2.

De acordo com as pesquisas realizadas,  o tempero oferece benefícios como prevenir cãibras, melhorar a circulação e a qualidade do sono. Mas, será que ele é realmente melhor do que a versão tradicional? Para o nutrólogo Celso Cukier o sal rosa contém mais minerais que o branco, mas não o suficiente para oferecer tais benefícios. Isso porque a concentração é baixa e para fazer uma real diferença no funcionamento do organismo seria preciso ingerir altas doses de sal, o que geraria um consumo exagerado de sódio.

um exemplo simples: um grama de sal rosa contém 4 mg de cálcio. Segundo a Anvisa, um adulto deve ingerir 1.000 mg de cálcio por dia. Isso equivale a 250 gramas de sal do Himalaia. Uma missão quase impossível de se realizar, né? Na verdade, nem deveríamos consumir essa quantidade de sal, uma vez que o excesso de sódio causa retenção de líquido, aumento da pressão arterial e alterações renais, além do risco aumentado de trombose, infarto e acidente vascular cerebral.

Como devemos maneirar a ingestão – e a concentração de minerais nos produtos é baixa – não há diferença na substituição de um pelo outro. Vale ressaltar que, independente da sua escolha, o consumo deve ser sempre menor.

Como saber se o sal rosa do Himalaia é falso ou verdadeiro

Conforme especialistas, o sal rosa tirado dos reservatórios milenares do Himalaia é considerado o sal mais puro do mundo e a cor rosa indica essa sua pureza química. Para quem não sabe, ele livre de toxinas e poluentes, conta com mais de 80 tipos de minerais.

Ele tem alto poder desintoxicante, ajuda a eliminar toxinas do corpo, a purificar o sangue, a regular a produção de óleo pela pela e até mesmo a prevenir cãibras e fortalecer o sistema imunológico e os músculos, devido à sua alta concentração de magnésio.

Mas, a verdade é que nem todo sal rosa encontrado por aí concentra, realmente, essa quantidade de nutrientes e de benefícios. Boa parte do produto que está disponível no mercado brasileiro é falsificado e se trata de sal marinho com a pigmentação rosada.

O resultado final é que as pessoas pagam muito mais caro por algo que não trará os mesmo benefícios. Aliás, só a título de curiosidade, o quilo do sal rosa do Himalaia custa em torno de 100 reais, o que justifica os valores cobrados por poucas gramas do sal especial (desde que seja verdadeiro).

Se você comprou sal rosa e quer saber se ele é verdadeiro ou falso, fique tranquilo que os testes são muito simples:

1. Preço

Apesar de ser sempre mais caro que o sal de cozinha comum, desconfie do sal rosa com preços muito abaixo da média. Eles tentem a ser falsificados.

2. Cristal

Observe os cristais de seu sal rosa. Se eles forem sequinhos, é mais provável de que seu produto seja verdadeiro, já que esse tipo de sal é extraído de minas secas.

3. Cor

O sal rosa vindo do Himalaia é rosa, mas não de forma intensa. Os produtos falsificados costumam ter um tom rosa bem mais intenso.

4. Água

A prova de fogo é colocar o sal na água. Depois de mexer com uma colher, observe a cor da água: o sal falso deixa a água bem escura, levemente avermelhada. Por outro lado, o sal verdadeiro não muda a tonalidade da água.

Fonte: Boa Forma e Segredos do Mundo R7