Notícias

Superbactérias: uma ameaça pior que a covid-19
15/05/2023 às 13:44
Pesadelo em hospitais
Estamos falando de um verdadeiro pesadelo médico. Se uma infecção bacteriana não pode ser interrompida por um antibiótico, o que pode ser feito? Às vezes, embora pareça horrível, recorre-se a amputar a área infectada.
Uma previsão desanimadora
O estudo da Lancet chega ao ponto de calcular que, se a progressão das superbactérias continuar, em 30 anos esses micróbios superpoderosos podem matar 10 milhões de pessoas todos os anos!
Pior que a covid-19
Se levarmos em conta que a covid-19 já matou cerca de cinco milhões de seres humanos (em dois anos de pandemia), quando falamos em 10 milhões de mortes por superbactérias podemos avaliar o grau de perigo a que estamos expostos.
Por que surgiram as superbactérias?
Os cientistas concordam que, durante muito tempo, as sociedades desenvolvidas se supermedicaram com antibióticos e isso fez com que as bactérias aprendessem a se defender.
Antibióticos em animais
Os animais de criação industrial também foram, de forma massiva e inadequada, tratados com antibióticos. Atualmente, um grande número de países analisa a carne a ser consumida para que não tenha vestígios deste componente. Ovelhas criadas ao ar livre, geralmente, são mais saudáveis.
Cientistas alertas
A comunidade científica está em alerta. Não há uma maneira geral de combater as superbactérias. Existem vacinas que protegem contra infecções bacterianas e algum método experimental em que vírus são lançados para combater superbactérias, como se fosse uma luta entre Godzilla e King Kong.
A história de Karen Northshield
Um dos tratamentos de superbactéria bem-sucedidos foi aplicado à belga Karen Northshield (, de muletas). Ela foi ferida em um ataque terrorista em Bruxelas. Era 2021 e sua recuperação foi interrompida pelo aparecimento de bactérias resistentes a antibióticos. Áreas de seu corpo tiveram que ser removidas para salvar sua vida. Até que a solução veio.
Vírus contra bactérias
Em Karen Northshield, foi aplicada uma técnica que, como explica Kevin Doxzen (da Universidade do Arizona), ao The Conversation, consiste em recorrer a vírus chamados “bacteriófagos”.
Sucesso com Karen
Também conhecidos como fagos, sobrevivem infectando as bactérias, onde se replicam para, depois, destruir ou debilitar seu hospedeiro microbiano. Isso também ajuda os antibióticos a fazerem efeito.
O que os bacteriófagos fazem
O tratamento com vírus bacteriófagos e antibióticos, de forma combinada e realizado durante três anos, salvou Karen Northshield, e o sucesso foi relatado na revista Nature.
Perdendo a guerra
Essas linhas de pesquisa contra as superbactérias são importantes, pois, como o The New York Times resumiu em uma manchete, estamos diante da “vingança das bactérias”.
Tratamentos experimentais
Os uso de bacteriófagos para combater infecções são atualmente experimentais. Eles não são autorizados, ainda, na maioria dos sistemas de saúde.
Cuidado com as crianças
As superbactérias são especialmente perigosas em crianças pequenas, já que seus sistemas imunológicos não estão desenvolvidos.
A ciência já está lutando
Um estudo de 2017, realizado pela Case Western Reserve University, com 10 mil pacientes infantis hospitalares nos EUA, revelou um aumento de 700% nos casos de superbactérias na infância, em apenas dez anos.
Fonte: The Daily Digest MSN.
