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Tricô, pintura, boa conversa: como esses hobbies ajudam o cérebro
27/10/2025 às 17:28
O envelhecimento é inevitável — mas o modo como ele acontece pode ser influenciado pelos estímulos que damos ao cérebro ao longo da vida.
É aí que entra a chamada ginástica para o cérebro, um conjunto de atividades que estimulam a mente e ajudam a preservar habilidades como memória, atenção, raciocínio e linguagem. O objetivo do estímulo cognitivo não é que o indivíduo alcance uma atividade mental superior à de outras pessoas, mas em relação às condições biológicas de seu próprio cérebro.
O segredo está na chamada reserva cognitiva — uma espécie de “poupança mental” que se forma desde a infância e é constantemente alimentada por tudo o que nos desafia e ensina algo novo. Quanto mais o cérebro é estimulado, mais protegido ele fica contra os efeitos do tempo e até de doenças neurodegenerativas.
Exercite seu cérebro com esses hobbies
O que faz atividades simples serem tão benéficas é o fato de que elas unem atenção, coordenação e prazer.
Fazer trabalhos manuais: atividades como tricô e crochê são incentivadas porque, além de trabalharem a habilidade motora, estimulam a contar os pontos e carreiras. Esses movimentos, aparentemente automáticos, envolvem áreas do cérebro responsáveis pelo cálculo, pela memória e pela concentração.
Investir em jogos de tabuleiro: como dama, buraco, sudoku e xadrez. Este último, aliás, é considerado um dos mais completos: o xadrez tem destaque nos estudos de estímulos cognitivos por ser uma atividade complexa. Estimula habilidades como planejamento, estratégia, velocidade de raciocínio, atenção e até orientação espacial.
Dar espaço para a arte: tocar um instrumento, desenhar ou pintar ativa circuitos neurais ligados à criatividade e à emoção. A memória está bem pertinho da parte do prazer, do humor. Quando existe uma alegria, é mais fácil registrar. Por isso, especialistas recomendam que o idoso escolha práticas que realmente despertem interesse — o aprendizado é mais eficienciente… – quando há envolvimento afetivo.
Compartilhar o que sabe/contar histórias: relações intergeracionais apresentam benefícios para a cognição. Aprender e ensinar aumenta a taxa de retenção das informações. A reserva cognitiva não se fortalece apenas com desafios mentais, mas também com interação social e trocas de conhecimento.
Relembrar momentos em um diário: Escrever sobre lembranças — escrever resgatando memórias também ativa o cérebro. Começar um diário pode ajudar inclusive em casos de esquecimentos.
Essas práticas, somadas a hábitos saudáveis, como boa alimentação, atividade física e sono regular, formam uma rotina capaz de proteger a mente por décadas. Manter-se curioso, aprender algo novo, ensinar o que sabe: eis a essência do envelhecimento ativo. O tricô pode até parecer passatempo, mas para o cérebro, é puro exercício.
Fonte: Uol Viva Bem
