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Você também se arrepia com estes sons? Saiba o porquê!
18/01/2024 às 17:35
Sons que provocam desconforto
Para a maioria das pessoas, alguns sons são capazes de provocar uma sensação de extremo desconforto. É o que ocorre quando escutamos o ruído de uma unha raspando na lousa: apenas imaginar já é o suficiente para causar arrepios!
Teorias a respeito
O fenômeno de desconforto em resposta a certos sons não é completamente compreendido pela ciência, mas, ao longo dos anos, pesquisadores desenvolveram teorias que buscam explicar por que isso acontece.
A audição e as emoções
Um estudo da Universidade de Newcastlede, publicado em 2012, no Journal of Neuroscience, demonstrou que sons desagradáveis desencadeiam uma resposta altamente emocional no cérebro.
A resposta do cérebro
Os pesquisadores descobriram que, quando escutamos determinados tipos de sons, os quais entendemos como incômodos, a parte do cérebro que regula as emoções, a amígdala, apresenta uma atividade mais intensa, relatou a CBS News.
Como foi feito o experimento
Através de um experimento com ressonância magnética, os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 13 voluntários saudáveis, enquanto estes eram expostos a uma variedade de 74 sons distintos.
Os sons mais irritantes
Então, os participantes apontaram quais os sons mais desagradáveis e os mais votados foram: giz em um quadro negro, grito feminino, freios rangendo em uma bicicleta, choro de bebê e furadeira elétrica.
Uma reação primitiva
“Parece que algo muito primitivo entra em ação”, disse um dos autores do estudo, Sukhbinder Kumar, do Instituto de Neurociência da Universidade de Newcastle, à CBS News.
Hipersensibilidade a certos sons
O estudo demonstrou que estes sons incômodos geraram um pico de atividade emocional no cérebro, intensificando a percepção auditiva das pessoas, algo que não ocorreu com sons suaves, como o borbulhar da água ou o riso de um bebê.
Um caminho para tratar distúrbios que alteram a percepção dos sons
Segundo Tim Griffiths, pesquisador da Universidade de Newcastle, “o estudo pode representar uma nova abordagem para compreender distúrbios emocionais, zumbidos ou enxaqueca, onde há uma percepção ampliada dos aspectos desagradáveis dos sons”.
A frequência dos sons irritantes
Além disso, o estudo também mostrou que os sons na faixa de frequência mais alta, em torno de 2.000 a 5.000 Hz, foram classificados como os mais desagradáveis.
A anatomia da orelha
Neste sentido, outro estudo, divulgado durante uma conferência da Acoustical Society of America, em 2011, sugere que a origem do desconforto causado por sons nesta frequência está relacionada à anatomia da orelha.
O canal auditivo humano
Quando uma unha arranha a lousa, por exemplo, o ruído gerado situa-se entre 2000 e 4000 Hz, coincidindo com a faixa mais sensível do canal auditivo em humanos, relatou o estudo.
Outro experimento
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores Christoph Reuter e Michael Oehler, da Universidade de Macromedia, na Alemanha, fizeram um experimento com voluntários para testar quais características acústicas poderiam desencadear desconforto e se havia fatores psicológicos envolvidos.
Como foi feito o experimento
Assim, os voluntários foram divididos em dois grupos. Um foi informado de que apenas ouviria música contemporânea, enquanto o outro estava ciente de que seria exposto a sons desagradáveis reais.
O resultado
Ambos os grupos apresentaram respostas físicas aos sons. No entanto, o grupo que pensou que apenas ouviria música, demonstrou um desconforto menor.
O que isso significa?
Isso sugere que, além de o ouvido humano ser mais sensível à determinada frequência, o fator psicológico desempenhou um papel importante na percepção auditiva, já que aqueles que tinham conhecimento prévio de que ouviriam sons desagradáveis manifestaram mal-estar desde o início do experimento.
Um efeito colateral
Conforme explicado por Michael Oehler, autor do estudo e professor de mídia e gerenciamento de música na Universidade de Macromedia, o canal auditivo humano possivelmente evoluiu para amplificar as frequências essenciais para a sobrevivência. Desta forma, a aflição causada por esse tipo de ruído pode ser interpretada como um efeito colateral desse processo evolutivo.
Fonte: The Daily Digest
